Câmara Setorial de Suínos prioriza na agenda medidas emergenciais para a Suinocultura do DF

A Associação de Criadores de Suínos e o Sindicato dos Suinocultores do Distrito Federal  (DFSuin e Sindisuinos) levaram na última segunda-feira (14), as pautas prioritárias da suinocultura para a primeira reunião de 2022, da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Suínos da Seagri-DF. O encontro ocorreu no auditório da sede da Secretaria da Agricultura. A agenda teve como foco a atual recessão da suinocultura e as medidas emergenciais que devem ser trabalhadas pelos órgãos competentes. Além da Associação, Sindicato e Secretaria da Agricultura do DF, compõem a Câmara representantes da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura (SFA/DF), Emater-DF, Sebrae-DF, FAPE/SENAR-DF e Universidade de Brasília (UnB).

Entre as pautas da reunião foi destaque a aquisição de carne suína pelos programas governamentais executados no Distrito Federal. Segundo o secretário de Agricultura, Candido Teles, a perspectiva de investimento, ainda este ano, é cerca de 12 milhões para compra de carne suína para a alimentação escolar, ele informou ainda, que a demanda da Secretaria de Educação pela proteína seria de 400 toneladas por mês. “A decisão do Governo do Distrito Federal de que a carne suína seja incluída na alimentação das escolas públicas já está tomada. Agora vamos trabalhar para que esta carne seja fornecida pelos produtores do Distrito Federal. É importante que a renda desse mercado fique em Brasília, com os produtores rurais daqui do DF”.

Para o presidente da DFSuin, Sindisuinos e da Câmara Setorial, Josemar Medeiros, essa oportunidade será uma revolução para o mercado interno da cadeia produtiva de suínos. “Para que tudo dê certo teremos muito trabalho pela frente, a ideia é preparar junto com os frigoríficos associados, uma demonstração à equipe da Secretaria de Educação, de possíveis cortes suínos para a merenda escolar, e apresentar dados como, capacidade de abate e produção industrial para o atendimento da demanda. Propomos também a oferta de capacitação de nutricionistas e merendeiras das escolas públicas no que se refere a opções de receitas e modos de preparo dos diferentes cortes suínos”, complementou.

Foi tratado também, a necessidade de linhas de créditos para desafogar as contas do produtor, segundo dados do mercado nacional da suinocultura, hoje a conta do suinocultor independente está no vermelho. Pois o milho e a soja – que representam mais de 70% dos custos – acumulam altas que superam os 120% nos últimos anos. Nesse sentido, o secretário de Agricultura sugeriu que a Associação faça o levantamento de produtores interessados e do valor estimado de recursos necessários. “Vamos agendar uma reunião com o Banco de Brasília (BRB) e os suinocultores para tratar da possibilidade de criação de uma linha de crédito emergencial para os pecuaristas”, afirmou Candido Teles.

O secretário apresentou também a opção de crédito por meio do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR). “Esse é um fundo socialmente justo, com juros baixos, de 2,25% a 3% ao ano, em que todo o recurso do pagamento dos empréstimos é revertido na disponibilização de mais crédito para novos projetos na área rural”, esclareceu.

Por fim, foi comentado sobre o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária no Distrito Federal (Fundepec-DF) que será lançado nesta quarta-feira (16), em uma solenidade de assinatura no Palácio do Buriti. O Fundepec é uma conquista para o setor pecuário do Distrito Federal, é um fundo privado unido pela força dos produtores rurais e o apoio de instituições púbicas e privadas, como o Sistema FAPE/SENAR-DF/SINDICATOS e a Seagri-DF.

 

FONTE: DFSuin com informações da Ascom Seagri-DF

FOTO: Seagri-DF